UNESCO – Representantes da UNISANTOS destacam no Bom Dia Região e no JT 1ª edição processo que pode tornar fortes da região em Patrimônio Cultural da Humanidade

Fortaleza da Barra Grande
Forte São João

Maior conjunto arquitetônico militar do Estado de São Paulo, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá, revitalizada graças à iniciativa da  UNISANTOS, que tem desenvolvido diversos projetos ao longo dos anos, pode se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade. A fortificação será avaliada por uma comissão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), assim como o Forte São João, de Bertioga, e mais 17 outros fortes no País, para que juntas, as construções sejam consideradas bem seriado, ou seja, o conjunto delas seja o bem patrimonial. A previsão era que a avaliação fosse realizada no início de 2022, ano que coincide com o bicentenário da independência brasileira, entretanto, por conta da pandemia, não há previsão. A notícia foi destaque, hoje (3), no Bom Dia Região e no Jornal da Tribuna 1ª Edição.

 

Professor Cesar Bargo

PERTENCIMENTO – Coordenador da Assessoria de Relações Institucionais da UNISANTOS e docente da Universidade, o professor doutor Cesar Bargo Perez destacou, durante o Bom Dia Região, que o sentimento de ‘pertencimento’ da população local é fundamental para uma boa avaliação por parte da comissão da Unesco. “Pertencimento está relacionado a relação e apropriação afetiva que as pessoas que habitam na região vizinha têm com o edifício. Pertencimento é dar voz para que as pessoas coloquem suas histórias de vida em relação com aquela edificação”, explicou. O docente ainda acrescentou que a UNISANTOS tem um histórico de envolvimento com a Fortaleza e está envolvida, entre outros iniciativas, em um projeto para reforma do atracadouro com o objetivo de melhorar a acessibilidade do local.

 

Professor Élcio Secomandi

Na edição do Jornal da Tribuna, o professor emérito da UNISANTOS, o coronel Élcio Rogério Secomandi, explicou o processo de avaliação e também destacou a importância da ‘consciência coletiva’ com relação a importância do monumento. “Se não for importante para nós, evidentemente não será importante para a humanidade”, comentou. Com relação ao processo de avaliação, o professor explicou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), responsável pelo projeto, enviou uma síntese ilustrada por 19 quadros da artista plástica Cristiane Carbone e agora aguarda a visita das comissões.

 

Juiz federal Roberto dos Santos Filho

Mestre em Direito pela UNISANTOS e doutorando no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito, o juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, que é membro do Conselho Internacional de Museus e Sítios Históricos no Brasil, também comentou, durante a reportagem exibida no Jornal da Tribuna, que a demonstração de apoio da população local é fundamental para o sucesso do processo. Ele ainda salientou que o êxito na avaliação possibilita que o país solicite apoio internacional para preservação das edificações e acrescentou que a iniciativa viabiliza a possibilidade do desenvolvimento de novas fontes de riqueza, como a exploração do turismo, por exemplo.

 

Estudantes da rede pública realizam visita monitorada em atividade promovida pela Universidade

TRABALHO – O sentimento de pertença citado pelos entrevistados vem sendo trabalhado pela UNISANTOS, desde 1984, quando ela iniciou o desenvolvimento de projetos comunitários, com foco na inserção social, em Santa Cruz dos Navegantes, bairro vizinho ao monumento. A assinatura de um protocolo de intenções, em 1993, entre a UNISANTOS, a Prefeitura Municipal de Guarujá e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), selou o compromisso para as ações necessárias de restauro e preservação. Uma série de projetos, estudos, pesquisas, atividades de lazer, turismo e educação foram realizadas. A conscientização de sua importância e a sua recuperação foram inevitáveis e o monumento ressurgiu, passando a ocupar o cotidiano não só da comunidade vizinha, mas de toda Região Metropolitana da Baixada Santista.

 

Palestra ministrada pelo professor Élcio Secomandi

PATRIMÔNIO MUNDIAL – Uma das responsáveis pela recuperação da  Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, a Universidade Católica de Santos tem atuado no sentido de preservar e valorizar as fortificações coloniais do Brasil. Dentre as ações, em 17 de junho de 2016, a UNISANTOS e o International Scientific Committee on Fortifications and Military Heritage (Icofort) assinaram termo de cooperação técnico-científico.

 

Em 28 de março de 2019, a Universidade esteve representa durante a a primeira apresentação pública dos trabalhos iniciais do Comitê Técnico para o estabelecimento de diretrizes, conceitos e demais ações para a elaboração do dossiê técnico referente às Fortificações de São João e Santo Amaro da Barra Grande, no âmbito da candidatura do Conjunto de Fortificações do Brasil a Patrimônio Cultural da Humanidade, instituído pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na oportunidade, o professor Élcio Secomandi ministrou a palestra “Arquitetura e Engenharia Militar: por elas veremos o Brasil edificado” e o professor Cesar Bargo participou da mesa de abertura.

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