

“Deus me vocacionou para o campo da educação”. Assim, o bispo coadjutor da Diocese de Santos, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, expressou o seu amor pela área educacional, no último dia 21, durante reunião com dirigentes e representantes das escolas que integram a Associação Nacional das Escolas Católicas – ANEC Baixada Santista. Nesta mesma data, fez a conferência de abertura da XIX Mostra de Pesquisa em Educação. Estes foram os primeiros compromissos oficiais na UNISANTOS, após tomar posse, no dia 10 de maio.
Dom Mol, que neste ano deve se tornar o bispo diocesano e chanceler da UNISANTOS, lembrou aos representantes das escolas, após eles apresentarem as suas instituições, da importância da qualidade, que é a chancela de uma instituição católica; da proatividade; da defesa do humanismo; e da linguagem, para que de fato ocorra a comunicação entre todos. Participaram da reunião os colégios Marista Escola Social Lar Feliz, Nossa Senhora da Divina Providência (Peruíbe), São José, Stella Maris, Passionista Santa Maria (Praia Grande), Liceu Santista, UNISANTOS, além da Pastoral da Educação da Diocese de Santos.
PESQUISA, EDUCAÇÃO E ECOLOGIA INTEGRAL

Durante a conferência de abertura da Mostra de Pesquisa em Educação, Dom Mol lembrou que a educação sozinha não resolve todos os problemas, mas que sem ela nada se resolve. Defendeu que o conhecimento deve estar a serviço de toda a sociedade, não apenas a um grupo restrito.
Inspirado na encíclica Laudato Si’ e no Pacto Educativo Global do Papa Francisco, apresentou o livro “O Novo Humanismo: Paradigmas Civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco”, publicado pelo Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas e Arquidiocese de Belo Horizonte. Dom Mol foi um dos organizadores da obra, ao lado de Claudemir Francisco Alves, Robson Savio Reis Souza e Adriana Maria Brandão Penzim. Lançada em 2022, tem como foco o novo humanismo, capaz de enfrentar a desigualdade, a crise ambiental e a indiferença social.

Para explicar esse novo olhar voltado para o humanismo, apresentou oito ideias-chave: acolher a diversidade dentro da universidade; tratar a ciência como um bem público; formar uma consciência crítica que questione a realidade; estimular a autonomia como caminho para a liberdade; equilibrar razão e sensibilidade em todas as áreas da vida; combater a desigualdade que destrói pessoas e oportunidades; garantir inclusão real, com acesso de qualidade para todos; e manter viva uma esperança ativa que se indigna diante das injustiças e busca soluções concretas. Segundo ele, pesquisa, educação e cuidado com o meio ambiente precisam andar juntos, pois a sustentabilidade social e ecológica depende de escolhas feitas dentro das universidades.
ABERTURA – Dom Mol também participou da mesa de abertura do evento, ao lado do reitor, professor mestre Marcos Medina Leite, do diretor do Centro de Ciências da Educação e Comunicação, professor mestre Paulo Roberto Bornsen Vibiam, e do coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, professor doutor Alexandre Saul.