DISTRIBUIÇÃO – Pesquisadores discutem resultados de pesquisa sobre cobertura vacinal e os seus benefícios para o desenvolvimento de políticas públicas

Mapeamento permite identificação de áreas e municípios com maior vulnerabilidade

Graças aos métodos aplicados no estudo sobre a cobertura vacinal do País, em crianças de zero a 2 anos, disponível na plataforma do Observatório das Vacinas, o Ministério da Saúde poderá identificar as áreas e municípios de maior vulnerabilidade em relação a baixa cobertura e direcionar o olhar das políticas públicas, além de colocar em evidência a desigualdade no Brasil mostrando de que forma isso se reflete na heterogeneidade da cobertura vacinal. Com essas informações, é possível tentar melhorar a tomada de decisão a respeito da saúde pública. Esses são alguns benefícios do trabalho desenvolvido por pesquisadores, durante a mesa-redonda “Distribuição Espacial da Cobertura Vacinal em Crianças Menores de 2 anos no Brasil”, no dia 8 de outubro, que fez parte do I Simpósio de Imunização: Desafios e Inovação.

 

Integraram a mesa de discussões as professoras doutoras do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Coletiva, Carolina Luísa Alves Barbieri e Lourdes Conceição Martins, coordenadoras do Observatório das Vacinas, e a pós-doutoranda Ysabely de Aguiar Pontes Pamplona mestre e doutora pela UNISANTOS, que também coordena a análise espacial desenvolvida no Observatório.  Também participaram da discussão pesquisadores de instituições parceiras, os professores doutores Luiz Eduardo Moschini, da Universidade Federal de São Carlos, e Ricardo Alves de Olinda, da Universidade Estadual da Paraíba.

 

Site também dispõe de espaço para apresentar métodos relacionados à coleta de dados

MÉTODOS – Os pesquisadores apresentaram os métodos relacionados à coleta de dados, cálculo da cobertura vacinal e classificação. Também foram discutidos como se dá a análise baseada em georreferenciamento, além da apresentação de resultados baseados nos dados de análise de distribuição espacial da cobertura vacinal de doenças como a hepatite B, rotavírus e DPT.

 

Contextualizando o cenário de vacinação no Brasil, a coordenadora do estudo do Observatório das Vacinas, Carolina Luísa Alves Barbieri, explicou a eficácia da vacinação como técnica preventiva e destacou sua relação de custo/benefício. “A vacina é uma ferramenta muito importante já consagrada na ciência. Além de trazer um benefício humano de prevenir diversas doenças e mortes”, explicou.

 

Os diferentes métodos na coleta de dados são diferenciais no estudo, pois a análise baseada em georreferenciamento, por exemplo, torna possível transportar os dados descritivos ao tornar suas coordenadas conhecidas num dado sistema de referência, além de facilitar a identificação na maneira como está distribuída. Dessa forma, é possível identificar as regiões onde há predomínio de áreas com cobertura muito baixa, baixa ou adequada, ou mesmo onde há certa inconsistência de dados em coberturas muito elevadas.

 

A análise de distribuição espacial tem também extrema importância por conta de sua capacidade de mostrar o predomínio de clusters (computadores fracamente ou fortemente ligados que trabalham em conjunto) de baixa cobertura nas regiões Norte e Nordeste (destoando um pouco em algumas localidades, como no Estado do Ceará), e clusters de alta cobertura na região Sudeste e em alguns pontos do Centro-Oeste.

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