EXTENSÃO – Em editorial, nova edição do Jornal Laboratório ENTREVISTA destaca a nostalgia para abordar problemas atuais e o trabalho da imprensa

A importância dos projetos sociais no auxílio aos mais necessitados e a própria incapacidade de atender a todos, uma vez que o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social aumentou, em razão da pandemia de covid-19. Este é um dos destaques da nova edição do Jornal Laboratório ENTREVISTA. Elaborado pelos estudantes do 8º semestre do curso de Jornalismo, a publicação traz ainda reportagens sobre o desmatamento na Baixada Santista, em comparação ao Estado e ao País; a criação de abelhas na região e a sua regularização em Santos; e a automação em lojas e mercados, o que traz preocupação para funcionários.

 

Com o editorial “Futura nostalgia”, o ENTREVISTA mais uma vez cumpre com a função de ensinar, informar e estabelecer um diálogo direto entre os fatos do cotidiano e os estudantes, preservando os princípios éticos e a seriedade necessária para formar um jornalista. Mais premiado no País, o ENTREVISTA circula há mais de 50 anos nos campi da Universidade e nas principais bancas da região. Todo material é produzido pelos estudantes, sob orientação e supervisão dos professores mestres Marcelo Luciano Martins Di Renzo, Tereza Cristina Tesser (textos); e do professor doutor José Reis Filho (diagramação).

 

EDITORIAL – “Se o Brasil de 2021 tivesse um gosto, com certeza não seria doce. O negacionismo e o descaso político deixam um gosto amargo na boca daqueles que vêem um futuro melhor já longe demais. O que sobra é a nostalgia. Do grego, nóstos (reencontro) e algos (dor, sofrimento): uma saudade agridoce por coisas, pessoas ou situações do passado.

 

Nostalgia de quando não tínhamos pedaços de tecido cobrindo metade de nossos rostos, de quando o país não estava no Mapa da Fome da ONU, de quando queimadas na Amazônia não eram manchetes de jornais com tanta frequência, o esporte era mais incentivado e mais de meio milhão de mães, pais, filhos, tios e avós ainda estavam aqui.

 

Encarte Páginas Abertas é fruto de projeto interdisciplinar
Reportagem aborda projetos sociais e a vulnerabilidade social

Neste ano, o Brasil saiu da lista das dez maiores economias do mun­do, virou piada em talk shows internacionais e personagem de charges ácidas de jornais renomados. O Brasil, antes tido como promessa do futuro, virou gancho de piada, mas o brasileiro não está rindo.

 

Em quase dois anos de pandemia, a máscara e o álcool em gel se juntaram à caneta e ao bloquinho dos jornalistas. A imprensa, na linha de frente invisível desde março de 2020, muitas vezes desacreditada e insul­tada, entregou aos brasileiros informações essenciais que o governo negou e falhou em entregar. Média móvel, mortes, vacinados, casos confirmados.

 

Todos os dias, em horário nobre, um jornalista lê alguns números em um quadro digital e dita qual será o sentimento da próxima semana. Medo ou luz no fim do túnel? Às vezes, arautos do caos, outras, arautos da esperança. Aconteça o que acontecer, a imprensa vai estar ali enquanto nos for reservado o direito.

 

Parafraseando Belchior (*), “Na parede da memória”, a promessa de um Brasil próspero “é o quadro que dói mais”. Mas, a juventude per­siste. No ENTREVISTA, seus jovens repórteres reforçam o compromisso com um jornalismo íntegro: cobram, esclarecem, escutam. Nesta edição, em meio a abelhas, línguas orientais em ascensão no ocidente, estilo de vida minimalista e quadras esportivas, a equipe do jornal mostra que o novo sempre vem”.

(*) Como nossos pais, música de Belchior lançada em 1976

 

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