Pessoas com autismo, denominado como desenvolvimento atípico, podem conviver com diversos obstáculos na vida cotidiana, seja nas relações sociais, familiares, escolares e acadêmicas, seja nas profissionais. Os sintomas surgem cedo no desenvolvimento e, por essa razão, fazem parte do grupo Transtornos do Neurodesenvolvimento, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5-TR (APA, 2023).
Além da dificuldade com relação à comunicação e à interação social, no TEA pode haver padrões restritos e repetitivos de comportamentos, bem como de interesses ou atividades.
Levando em consideração o termo “espectro”, que se refere à variabilidade das manifestações dos sintomas conforme o nível de gravidade, da fase do desenvolvimento e da idade cronológica, normalmente não são enfatizados os casos no Nível 1 de suporte. Essas pessoas tendem, com o avançar do desenvolvimento – especialmente adolescentes e adultos – a desenvolver estratégias compensatórias para alguns contextos sociais.
Isso ocorre, porque ainda enfrentam desafios sociais e dificuldades em situações novas e dificuldade de adaptação, sofrendo com esforço. Esse processo é capaz de dificultar ainda mais o diagnóstico tardio, no caso de adolescentes e adultos. Tais esforços podem desencadear sintomas de ansiedade e depressão, somado ao autismo, intensificando os obstáculos cotidianos.