Hoje, às 20h, bate-papo com a autora da obra De Passagem Pelos Nossos Estúdios

Um bate-papo com a autora da obra “De Passagem Pelos Nossos Estúdios – A Presença Feminina no Início do Rádio no Rio de Janeiro e São Paulo, 1923 – 1943”, professora mestre Tereza Cristina Tesser, é a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre um período em que muitas mulheres enfrentaram desafios e se destacaram profissionalmente. Seguido de sessão de autógrafos, o evento será realizado nesta quarta-feira (15), às 20 horas, no Ao Café Cafeteria (Avenida Siqueira Campos, 462), e tem parte da renda revertida para Casa da Vó Benedita.  

 

Com o selo da Editora Universitária Leopoldianum da UniSantos (Universidade Católica de Santos), a obra, inédita, é fruto de sua dissertação de Mestrado, defendida em 1995 na USP. O trabalho, que já foi base de consulta para o Dicionário das Mulheres do Brasil, é um retrato de um período em que uma parcela feminina foge dos padrões da época e atua como cantora, radioatriz e locutora. “Elas comandavam programas, falavam de suas dificuldades com seriedade, conheciam o papel que desempenhavam na vida de suas ouvintes”, destaca Tereza Cristina.   

 

De Passagem Pelos Nossos Estúdios é um retrato de um período importante da história. “É uma meticulosa reconstituição da trajetória de várias mulheres no rádio das duas principais cidades do país. Valoriza o feminino em seu contexto de época. Não o torna épico, porque, de fato, não o era. Reconstrói, no entanto, trajetos”, destaca no prefácio o coordenador do grupo de pesquisa Rádio e Mídia Sonora, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Luiz Artur Ferraretto. 

 

Coordenador da Editora Leopoldianum, o jornalista Marcelo Di Renzo, assim define a obra: “Trata-se de pesquisa inédita no Brasil, enfocando as mulheres que se aventuraram no rádio em uma época que ser artista correspondia a uma grave transgressão social. A autora, professora Tereza Cristina Tesser, em sua pesquisa documental, conseguiu resgatar esse problema a partir das histórias publicadas nas revistas especializadas de então. Diversas boas cantoras abandonaram promissoras carreiras para tornarem-se donas-de-casa, tal a pressão da época”.

 

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