Na Católica, ações a refugiados favorecem acolhimento e formação diferenciada

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Wazime Guy é refugiado do Congo

Na Universidade Católica de Santos, o Dia Mundial dos Refugiado, comemorado nesta sexta-feira (20), é lembrado com ações, incentivos e produção de conhecimentos científicos.  No mês de maio, mais de 100 pessoas participaram do I Treinamento e Capacitação em Direito Internacional dos Refugiados, promovido pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello da UNISANTOS. Agora, a instituição se prepara para dar continuidade ao projeto de instalação do Centro de Atendimento a Refugiados e Migrantes Forçados, que tem a parceria da Associação de Promoção e Assistencial Social Estrela do Mar.

 

Outra iniciativa da Universidade se refere a oferta da Bolsa Refugiado, que possibilita a formação universitária ao refugiado. O benefício é concedido aos três melhores classificados na primeira prova do Processo Seletivo de cada ano, entre candidatos inscritos que comprovem a condição de refugiados, com reconhecimento do Conselho Nacional de Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.

 

Com a instalação da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, em 2007, a segunda no País, a UniSantos passou a integrar a rede latino-americana de instituições que trabalham em prol do Direito Internacional dos Refugiados. Em 2005, a Universidade já estava envolvida com estas questões, pois realizou o seminário 60 anos da ONU. E em 2006, já incluía no currículo do curso de Mestrado em Direito a disciplina Direito Internacional dos Refugiados, hoje também oferecida no programa de Doutorado, juntamente com a disciplina Direito Humanos.

 

Refugiados – Sobrevivente de guerra, conflitos armados e perseguição política no Congo, Wazime Mfumukala Guy é aluno do 1º semestre do curso de Tradução e Interpretação. Filho de pai francês e mãe congolense, ele está na condição de refugiado no Brasil, desde 2009. Contemplado com a Bolsa Refugiado, acredita que finalmente encontrou o espaço para estudar e buscar uma vida de paz e harmonia. “Eu larguei tudo porque quero estudar. A única instituição no País que me deu essa oportunidade foi essa Universidade”.

 

No 1º semestre de Relações Internacionais, o sérvio Filip Gavrilovic  também é beneficiado com a Bolsa Refugiado. No País desde 2000, tomou conhecimento que poderia ter o benefício, em uma das visitas à Cáritas de  São Paulo.  Ele conta que deixou a Sérvia em razão de perseguição política e que escolheu o Brasil motivado por tudo que tinha lido a respeito da nação, inclusive com relação ao trabalho desenvolvido na área dos direitos humanos.

 

Filip diz que está gostando bastante do curso. “Relações Internacionais está relacionada a toda questão que vivi. Além da questão de direito, que já estudava por conta, abrange várias áreas de história, questões relacionadas ao idioma. É bastante dinâmico”, explica o universitário, que além de inglês e sérvio, fala croata, bósnio e outros dialetos da região.

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