Criança: esperança nas mãos da sociedade

Criança: esperança nas mãos da sociedade, a manchete desta edição, por si só evidencia a preocupação dos articulistas com a crescente pobreza da população brasileira e a conseqüente marginalização de crianças e adolescentes, responsável por transformá-las em ícones ameaçadores de uma sociedade amedrontada e insegura.

Uma análise da influência do conceito social meninos e meninas de rua na constituição da subjetividade de crianças e adolescentes e do imaginário coletivo. Esse é o tema central desta edição, abordado em artigo da psicóloga, Maria Izabel Calil, docente da UniSantos.
Como destaca a autora, “a violência generalizada e anônima das grandes cidades levou as pessoas a depositar nestes ‘meninos de rua’ seu medo e insegurança, passando a lhes atribuir [...] um alto grau de periculosidade. De vítimas do perverso sistema sócio-econômico, passaram a algozes, seres que colocavam e risco a proteção de toda sociedade”.

Fazendo eco a esse relato inicial, o economista José Pascoal Vaz, professor de Economia Política da UniSantos, discute a necessidade de uma política genuína de combate à desigualdade social, a partir do ocorrido com a economia brasileira desde a Segunda Guerra Mundial, especialmente a produção e sua distribuição. Ele assinala que, há dois anos, o número de pobres no Brasil era de 35% da população, ou seja, expressivos 54,5 milhões de pessoas.

A edição compreende, ainda, artigos nas áreas de Comunicação, Semiótica, Educação, Filosofia, História, Ciência, Biologia e Arquitetura.