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Mazagão/AP: Encontrados os restos mortais dos primeiros moradores de Mazagão
Haraceli Thamara. Antônio Corrêa Neto Online
janeiro/2006
 
A descoberta dos restos mortais dos primeiros moradores do município de Mazagão - um dos mais antigos do Amapá - feita pela equipe do professor Marcos Albuquerque, coordenador do Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), reuniu, na última sexta-feira, 13, naquela localidade, representantes de algumas das secretarias de estado, Prefeitura de Mazagão e o Exército Brasileiro, a fim de organizar um cerimonial fúnebre com honras militares. Cerca de 40 esqueletos foram encontrados pela equipe que trabalha na área há quatro meses.

A atividade ocorrerá durante toda a manhã do dia 23 de janeiro. Na programação, consta a chegada das autoridades convidadas (Embaixadores de Marrocos e Portugal, Governador do Estado e Ministro da Cultura), com a recepção da comunidade e aproximadamente 150 homens do Exército, que deverão ir até a igreja apanhar as urnas e, seguir em Cortejo até o cemitério, onde ocorrerá a Missa Campal, Salva de Tiros, entrega de bandeiras e o Minuto de Silêncio em honra aos falecidos.

Para o historiador Nilson Montoril, a atividade fará com que os três paises entendam a dimensão da jornada dos primeiros habitantes de Mazagão. As 163 famílias, cerca de 1020 pessoas. “Eles chegaram aqui, ficaram nos navios o tempo em que se construíam as casas. Imagino o que esse povo deve ter sofrido, tendo em vista que, nessa região era muito peculiar a malária, o cólera, a diarréia de sangue e o sarampão, que devem ter dizimado boa parte da população. Tanto que, por volta de 1886, uma grande parte das pessoas, principalmente os que tinham mais recursos, foram para as regiões das ilhas, quando se estabeleceram como comerciantes. Deixando para trás, alguns índios remanescentes dos primeiros habitantes e os negros, abandonados pelos seus donos”, disse.

De acordo com ele, cerca de 150 deles sobreviveram para erguerem o núcleo populacional. Por isso, Nilson Montotir afirma ser tão importante conhecer e valorizar a história e a cultura desse povo. “Se não fossem eles, teríamos mais dificuldades para manter a integridade nacional aqui, principalmente a soberania portuguesa, na luta contra os cabanos, durante a revolução da cabanagem que aconteceu no período de 1805 a 1840”, relata.

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