Ao mesmo tempo em que permitiu o nascimento do vilarejo que deu início a Fortaleza, o riacho Pajeú limitou sua expansão. "A cidade cresceu no sentido sul e oeste porque as águas do Pajeú representavam uma barreira. A inversão desses vetores só foi acontecer no século XIX", explica o arquiteto Antônio Martins Rocha Júnior. Daí porque, acompanhando a linha do mar, alguns dos mais antigos espaços da cidade ocupam justamente a margem esquerda do riacho, a começar pelo imponente Forte Nossa Senhora da Assunção, em torno do qual a cidade cresceu.
Antes dele, outros fortes construídos no mesmo lugar atraíram a população incipiente. Um deles, o Forte Schoonenborch, foi levantado pela segunda expedição holandesa a aportar por aqui, e precedeu o projeto de Silva Paulet, inaugurado em 1819, que hoje abriga a 10ª. Região Militar. Mesmo representando o marco zero da cidade, somente agora o Forte Nossa Senhora da Assunção deve ser tombado. A 4ª. Superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acredita que o processo será concluído nos próximos meses.
Mas a visita de hoje começa mesmo perto dali, no Passeio Público, esse sim já tombado pelo Iphan. Aberto ao público no início do século XIX, a praça teve outros nomes. Entre eles, Largo da Misericórdia, numa referência ao primeiro hospital da cidade, a Santa Casa de Misericórdia, que funciona desde 1861 ao lado do Passeio Público, e Praça dos Mártires, nome que rendia homenagem aos líderes da Confederação do Equador, assassinados no logradouro.
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