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Ribeirão Preto/SP: Cerâmica querida
Orestes Moquenco. Jornal A Cidade
abril/2006
 
Saudosa Cerâmica’ é o evento cultural realizado mensalmente na antiga indústria de Ribeirão Preto, com prosa, música e responsabilidade social.

“Meio barro, meio tijolo, meio choro, meio consolo, meio casca, meio miolo...” (versos de domínio público)


O pessoal que freqüenta o evento dá tom da graça e transforma o que foi a mais famosa cerâmica da cidade e da região, em um espaço pra lá de cultural.
Um bom lugar para ler um livro, conversar amenidades, ouvir música ao vivo e ver capoeira, exposição de fotografias, artes plásticas e fóruns de discussões sobre a preservação do meio ambiente.

“Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar...”


Os versos de “Saudosa Maloca”, de Adoniran Barbosa, simbolizam a reunião mensal da outra ‘saudosa’, a ‘cerâmica’. Cerca de trezentas pessoas comparecem e trocam altas idéias. Forças vivas da cidade se encontram para discutir problemas e soluções que possam melhorar o caminho a seguir. Trata-se de oportunidade para que a população conheça um patrimônio cultural, que foi tombado pelo município e que ainda tem importância para a comunidade.
Inspiração e transpiração.

A “Saudosa Cerâmica” é um misto de responsabilidade social, cultura e descontração, ‘empilhado’ e pronto para ser consumido em seis horas de transpiração e muita inspiração. Segundo Daniela Campos, presidente da ONG Vivacidade, e com participação ativa no evento cultural “Saudosa Cerâmica”, “a cidade participa de maneira profícua. Vale tudo, desde que a cultura seja transmitida de maneira fácil. Com certeza é o que acontece aqui”, dispara.

Preservação

A idéia da “Saudosa Cerâmica surgiu em outubro de 2004, um local para unir jovens, principalmente, com um propósito mais fortes o de lutar para a preservação do patrimônio histórico de Ribeirão Preto. Até chegar ao estágio de hoje, onde cerca até três centenas de pessoas, em sua maioria estudantes, mas com a participação de autoridades.

Onde e quando

Sempre às segundas quintas-feira do mês, a partir das 18h, no sítio histórico da antiga Cerâmica São Luiz, atual CEDEP (Centro de Documentação e Educação Patrimonial) na rua Municipal, 32, Campos Elíseos. O próximo evento está marcado para 13 de abril.

Patrimônio histórico
Para Cleber Sberni Junior, sócio-fundador e responsável pelo setor de Educação Patrimonial da ONG Vivacidade, “em todos os nossos encontros são discutidos assuntos pertinentes à cidade, como a preservação do patrimônio histórico ribeirão-pretano”, desafia. Para o secretário da Cultura, Vicente Seixas, “um movimento dessa natureza só tende a alertar alguns desmotivados. Trata-se de um lugar privilegiado e rico. Ribeirão Preto inteira precisa descobrir esse local. O trabalho desse pessoal é incansável, com preocupação cultural e sobre a preservação do nosso patrimônio.”

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