As portas da Igreja Senhor dos Passos serão reabertas aos fiéis e público em geral às 18 horas desta terça-feira (7), após quase um ano sendo reformada e revitalizada. Mais que a reabertura do centenário patrimônio da memória religiosa e cultural de Mato Grosso, a entrega da Igreja inaugura, na prática, o projeto de recuperação de todo o centro histórico da Capital, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN).

O secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, lembra que até agora as demais obras tombadas pelo IPHAN e que foram ou estão sendo recuperadas (como a Igreja do Bom Despacho, o Palácio da Instrução, a Casa Barão de Melgaço, o Cine Teatro e outras) estão no entorno do centro histórico. “A Igreja Senhor dos Passos, portanto, é a primeira obra no centro histórico recuperada e revitalizada pelo Governo do Estado, dentro do Programa Estadual de Recuperação do Patrimônio Histórico de Mato Grosso, em parceria com o IPHAN”, observou.

João Carlos observa ainda que, com a Igreja Senhor dos Passos recuperada, a área no entorno dela passa a representar mais estímulo ao apoio à recuperação, envolvendo os governos estadual, federal e municipal, entidades e a população em geral. “Além da Igreja Senhor dos Passos, temos naquele espaço ali próximo dela a sede do próprio IPHAN, o Museu da Imagem e do Som, as futuras sedes da Secretaria de Estado de Turismo e da Associação do Rasqueado, além do ateliê do artista plástico Miguel Penha”, relacionou.

“Isto tudo provoca um incentivo nas famílias proprietárias de imóveis tombados, moradoras ou não, que serão mais valorizados”, emendou. Com a recuperação e revitalização, o centro histórico, prevê o secretário, será um grande espaço cultural de Cuiabá. “Ao lado do tradicional comércio do local, teremos espaços para as várias manifestações culturais, através da música, das artes plásticas, do artesanato, do teatro e da culinária”, ilustrou.

A Igreja Senhor dos Passos foi fundada em 1792. Mais de um século depois, precisamente em 1898, a igreja foi reformada e ampliada em 1898 pelo bispo Dom Carlos Luís D’ Amour, conforme inscrições em sua fachada, e mantém até hoje muitas de suas características arquitetônicas originais. Com a restauração atual, o prédio ganha de volta sua calçada original em torno de si. Sua planta é típica das igrejas do período colonial, dividida em nave e capela-mor. Possui, no entanto, somente um corredor lateral à esquerda e salas ao fundo. Na sua fachada principal, à esquerda, está localizada a alta e esbelta torre sineira.

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