O caminho, por enquanto, não é dos mais fáceis. São 40 minutos por uma trilha íngreme e estreita, passando sobre cursos d'água, pedras cobertas de musgo e uma frágil pinguela --ponte de troncos de árvore. Mas a vista que se tem ao chegar ao sítio arqueológico São Francisco, no Parque Estadual da Serra do Mar, compensa o esforço: de um lado, as ruínas de uma fazenda do fim do século 18, que provavelmente abrigava um posto clandestino de venda de escravos. Do outro, uma visão panorâmica de todo o canal de São Sebastião, litoral norte paulista.
O local, hoje restrito a pesquisadores e funcionários, será reaberto ao público na segunda quinzena deste mês. Ao longo de 2005, ficou fechado para manutenção e pesquisa. No período, também foi criado um novo acesso, que, além de mais fácil, não passa pelas propriedades particulares do entorno, como a de José Renato Silva, 57, que mora na região há 22 anos e trabalha na limpeza das ruínas.
O caminho que faz muita gente suar, ele sobe até duas vezes por dia, acompanhado de três cachorros, para capinar o terreno. 'Adoro isso aqui. Antes, só dava para ver mato, árvores. Quem diria que ia ter toda essa construção aqui? Só descobri que era uma fazenda quando o Wagner foi lá em casa falar comigo', recorda Silva, referindo-se ao arqueólogo Wagner Bornal, explorador do local.
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Floresta esconde ruínas do século 18 no litoral paulista