Jovens em situação de risco social, com idades entre 18 a 23 anos são os novos alunos da primeira Escola de Azulejaria do Centro Histórico do Brasil, em São Luís do Maranhão. O curso, com duração de cinco meses, com mais dois módulos de seis, começou dia 10 de março com 40 alunos. O objetivo é preparar mão-de-obra qualificada para restaurar as famosas fachadas azulejadas dos casarões seculares de São Luís, cidade considerada Patrimônio Mundial pela Unesco. O conjunto tombado de São Luís é composto por 5.607 imóveis, 423 deles com fachadas revestidas de azulejos, muitos deteriorados pela ação do tempo.
Um dos objetivos da escola é a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Será formado um banco de dados que poderá ser utilizado pelos órgãos responsáveis pela preservação, gerando o aproveitamento da mão-de-obra e facilitando o escoamento comercial para mercados consumidores dentro do município e em outras cidades, não só do Maranhão, como de outros Estados e países. No final do curso, os jovens estarão aptos para conservar e reproduzir novos e velhos padrões de azulejos.
O projeto é fruto de parceria do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, Iphan, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e conta com o apoio da Unesco. Além de abrir perspectiva profissional para jovens em situação de risco, promovendo inclusão social e aumento da auto-estima, o programa quer também aumentar a consciência da população da necessidade de preservar e valorizar o patrimônio, estimulando a utilização econômica, cultural e social das áreas em recuperação.
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