Depois de 60 anos, a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, antiga matriz de Itapetininga, a 170 quilômetros de São Paulo, está recebendo a primeira restauração. A igreja, que a recente criação da Diocese de Itapetininga transformou em catedral, ficou conhecida por ter inspirado a basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, no Vale do Paraíba, um dos principais santuários religiosos da América Latina.

O engenheiro Benedito Calixto de Jesus Neto, que projetou a basílica, fez antes a igreja de Itapetininga, cuja pedra fundamental foi lançada em 1945. “A basílica de Aparecida foi construída depois, mas o projeto é basicamente o mesmo, apenas numa escala ampliada”, conta o padre Mário Donato Sampaio pároco da catedral. Ele lembra que a concepção arquitetônica foi sugerida ao engenheiro pelo padre Antonio Brunetti, já falecido, tendo como referência a basílica de Assis, na Itália.

A estrutura do prédio é muito sólida e não precisará de intervenções, segundo o padre. “Estamos mexendo principalmente no telhado, que apresenta infiltrações, e na parte elétrica.” A restauração começou pela sacristia, com a troca das telhas, fiação e substituição parcial do madeiramento. “As vigas são de madeira de lei, à prova de cupins, mas as ripas estão contaminadas.”

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