Projetos financiados pela FEHIDRO prospectam disponibilidade hídrica e qualidade da água subterrânea

16 de outubro 2025

Prof. Dr. Oleg Bokhonok desenvolve dois projetos e utiliza técnicas geofísicas para analisar e encontrar água no subsolo da Baixada Santista

Da Agência de Notícias da Água

De acordo com Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e do Plano de Bacia Hidrográfica (PBH), um dos maiores desafios do saneamento básico na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) é fornecer água potável para as comunidades isoladas, onde a falta deste recurso pode resultar em riscos graves para saúde da população que reside nesses locais, além de resultar em qualidade de vida inferior, de forma geral. A implantação de um projeto de perfuração de poços para fornecimento de água potável na Região de Baixada Santista pode trazer enormes benefícios para as comunidades isoladas contribuindo para a universalização do saneamento básico na região.

Os projetos Avaliação e Monitoramento de Disponibilidade Hídrica Subterrânea na Baixada Santista Usando Métodos Geofísicos e Prospecção Geofísica de Recursos Hídricos Subterrâneos em Comunidades Isoladas na Região de Baixada Santista buscam, respectivamente,  delimitar e monitorar as áreas nas quais é possível realizar captação de água, de modo que esta seja própria para consumo nos principais cursos d’água da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. As áreas costeiras são ambientes frágeis, onde os recursos hídricos subterrâneos são facilmente contaminados, tanto pela salinidade marinha, como também pela poluição urbana gerando um problema ambiental que pode se tornar irreversível e identificar e cadastrar as áreas em que vivem as comunidades isoladas na Bacia Hidrográfica da Baixada Santista e realizar a prospecção geofísica de recursos hídricos, para delimitar os locais onde será possível realizar a captação de água subterrânea própria para consumo.

O professor Oleg explica que o aquífero litorâneo pode ser dividido em dois níveis: (i) superior (freático); (ii) inferior (confinado). Nível superior por ser bastante raso é extremamente vulnerável a poluição urbana de diversos tipos, desde esgoto doméstico até resíduos provenientes de atividades industriais e hospitalares. Já o nível inferior de aquífero, por causa de bombeamento excessivo dos poços que inverte o fluxo da água subterrânea, é sujeito a avanço da cunha de água salgada do mar para dentro do aquífero, principalmente no verão com aumento da população devido ao fluxo de veranistas. A consequência de intrusão salina já foi registrada na região de Santos-Cubatão, onde o cloreto está acima de 250 mg/L. De acordo com Oleg, “apesar destas evidências de salinidade de água em aquífero litorâneo sedimentar, os estudos para mapear a intrusão salina ainda não foram efetuados. Entretanto, a contaminação pela salinidade marinha pode gerar um problema ambiental irreversível”.

Este projeto visa em função das demandas atuais e eventuais demandas futuras de água para consumo humano na região da Baixada Santista, usando métodos geofísicos e hidrogeológicos, delimitar e monitorar as áreas nas quais é possível realizar captação de água, de modo que esta seja própria para consumo nos principais cursos d’água da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. As áreas costeiras são ambientes frágeis, onde os recursos hídricos subterrâneos são facilmente contaminados, tanto pela salinidade marinha, como também pela poluição urbana gerando um problema ambiental que pode se tornar irreversível. A detecção e monitoramento de contaminação por intrusão marinha de sistemas de aquíferos usando métodos geofísicos e hidrogeológicos tem capacidade comprovada para fornecer os subsídios necessários para um plano de ação de gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos.

Segundo Oleg, de acordo com Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e do Plano de Bacia Hidrográfica (PBH), um dos maiores desafios do saneamento básico na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) é fornecer água potável para as comunidades isoladas, onde a falta deste recurso pode resultar em riscos graves para saúde da população que reside nesses locais, além de resultar em qualidade de vida inferior, de forma geral. “A implantação de um projeto de perfuração de poços para fornecimento de água potável na Região de Baixada Santista pode trazer enormes benefícios para as comunidades isoladas contribuindo para a universalização do saneamento básico na região”, afirma.

A equipe da Agência de Notícias da Água (ANA) gravou uma entrevista na qual o professor Oleg explica em detalhes os dois projetos desenvolvidos com financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) com o apoio do Comitê de Bacias Hidrográficas da Baixada Santista (CBH-BS), clique na imagem abaixo para assistir:

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