Leia mais
Firmes, fortes e seculares: Patrimônios culturais e arquitetônicos, fortificações militares da orla guardam a história da cidade
Santos Nossa Luz: Fundo Social entrega prêmios e apresenta as 12 obras escolhidas
Portugal: Capela de São Jacinto classificada de interesse público
Grupo prepara convênio para uso dos Armazéns do Valongo
Iphan seleciona projetos de modernização de museus
Painel
Painel

 
Itapura/SP: Palácio do Imperador
Portal ORM. O Liberal
janeiro/2006
 
Um pedaço da história do Brasil está desmoronando na pequena Itapura, de 3,7 mil habitantes, a 680 quilômetros de São Paulo. Construído em 1853 às margens da foz do Rio Tietê, no Paraná, com autorização de d. Pedro II, o prédio, conhecido como Palácio do Imperador, está sendo destruído pela omissão das autoridades e ataques de vândalos. O palácio surgiu como posto militar para proteger o Brasil das tropas de Solano Lopes na Guerra do Paraguai. Sua função era impedir a entrada dos paraguaios pelo Rio Tietê, vindos do Rio Paraná. Por isso, ficou conhecido como Forte de Itapura.

Nele moravam os comandantes militares e eram feitas as reuniões para planejar as estratégias da guerra. Há comentários, nunca confirmados, de que d. Pedro II ficou hospedado no local durante uma visita de avaliação das tropas.
Atualmente, o prédio está desmoronando e não há perspectivas de recuperação. Seu mobiliário desapareceu há muito tempo, sem que ninguém na cidade saiba para onde foi levado. A destruição é evidente.Por fora é fácil perceber que não existe mais nenhuma das venezianas e vidros nas janelas; na cobertura, as telhas se soltaram, permitindo a entrada da chuva; as paredes começam a perder o reboco; e os batentes das portas estão podres, como parte das escadas do palácio.

Mas é no interior que o estrago é pior. Em todos os cômodos, há fezes e pichações. O piso e o forro estão destruídos e dá até para ver o sol do térreo.
A situação assustou o dentista Ricardo Canuto Paulista, de 30 anos, morador de Tangará da Serra (MT), que visitou Itapura em dezembro. “Desde criança, quando ainda morava na região, ouvia falar que aqui tinha um palácio. O que vejo agora é uma tristeza só. É mais uma de nossas memórias se acabando sem que ninguém faça nada para preservá-la.”

As portas e janelas do imóvel estão fechadas com pedaços de madeira de construção. A interdição foi determinada pelo Juizado da Infância e Juventude, porque o prédio estava sendo usado para prostituição infantil e esconderijo de traficantes.

Para ler o artigo na íntegra, clique: